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Trevo

O número de pessoas que viaja pelo mundo aumentou, significativamente, nos últimos 20 anos, o que significa crescimento económico, mas ao mesmo tempo, um maior impacte no Ambiente, por vezes, com efeitos nefastos nos sítios visitados, como o aumento das desigualdades, o aumento da poluição, a descaracterização de espaços locais, o erodir das heranças culturais e dos recursos naturais, e estimulação de estereótipos e desentendimentos interculturais.

Quando abordado numa perspetiva sustentável, o turismo pode ter um impacto muito positivo, pois pode levar à redução da pobreza, à promoção do diálogo entre os povos, à preservação e conservação ambiental.

Falar em viagens sustentáveis é falar em comportamentos que os turistas devem assumir em prol do Ambiente. Segundo a Organização Mundial do Turismo das Nações Unidas, uma abordagem sustentável do turismo significa que as comunidades natural e social não serão prejudicadas pelos turistas, mas sim beneficiadas, económica e culturalmente. A sustentabilidade implica a correta utilização dos recursos e atrações do turismo sem que se comprometa o futuro.

Esta abordagem, implica a adoção de viagens, estadias e experiências mais sustentáveis, protegendo o planeta e apoiando as comunidades locais. Também as empresas do setor deverão implementar boas práticas ambientais e sociais, preocupando-se com o bem-estar da comunidade e com a preservação do planeta.

 

E porque sustentabilidade também significa responsabilidade, seguem-se algumas práticas que o turista nunca deve perder de vista:

– Assumir os princípios da Carta Mundial do Turismo Sustentável;

– Respeitar, valorizar e preservar o Património Natural e Cultural das comunidades que se visitam;

– Viajar com mais frequência de comboio. Viajar, o menos possível, de avião (a utilização deste meio de transporte faz mais sentido quando se viaja para longe);

– Fazer o mínimo de voos possível, optando pelos voos diretos (o gasto maior de combustível está na aterragem e na descolagem);

– Escolher classe económica (os lugares de 1ª classe ocupam mais espaço e são mais pesados, aumentando as emissões, por passageiro);

– Viajar com pouca bagagem (mais peso, significa mais combustível, mais emissões);

– Escolher a qualidade em vez da quantidade (visitar menos lugares, logo, há menos emissões);

– Escolher transportes públicos em vez de privados e, sempre que possível, utilizar a bicicleta ou andar a pé;

– Evitar as épocas altas e os destinos massificados;

– Não fazer atividades de interação direta com animais (a vida selvagem deve ser observada no seu meio natural, com o mínimo de interação direta); 

– Ao visitar reservas naturais, escolher guias e agências locais eco-responsáveis, que demonstrem ter regras e valores, e que tenham um papel ativo na manutenção e regeneração dos ecossistemas;

– Ao contratar agências, tours, escolher hotéis e restaurantes, optar por negócios locais (garantindo que o dinheiro vai para as populações locais e não para as grandes cadeias);

– Em trekking e caminhadas na natureza, não sair dos trilhos para não perturbar os ecossistemas, não deixar lixo e evitar zonas com muita afluência;

– Respeitar os hábitos culturais dos lugares (vestuário, relações interpessoais e de género, hábitos à mesa, comportamentos sociais, etc);

– Escolher alojamentos sustentáveis (existem, atualmente, muitos rótulos ecológicos, que respeitam os seguintes critérios: a localização, a arquitetura do estabelecimento (respeito da natureza envolvente), os materiais de construção (ecológicos, duradouros, renováveis, recicláveis…), o consumo limitado de água, a energia renovável, a reduzida produção de resíduos e respetiva gestão, a proteção da biodiversidade através de atividades de lazer que respeitam a natureza, da descoberta dos produtos da terra e das culturas locais.

 

Em Portugal existem vários alojamentos que manifestam preocupações ambientais, tendo, já implementado diversas práticas nesse sentido, a saber:

– Inspira Santa Marta Hotel (Lisboa)

– Areias do Seixo (Torres Vedras)

– Neya Lisboa Hotel (Lisboa)

– Natura Glamping (Fundão)

– Chão do Rio (Seia)

– Casa das Palmeiras (Mangualde)

– Vila Park Nature & Business Hotel

– São Félix Hillside & Natura (Póvoa do Varzim)

– Cerdeira Home for Creativity (Lousã)

– A Casa Valxisto Country House (Penafiel)

– Baía da Barca (Açores)

– Quinta Camarena

– Casa Melo Alvim (Viana do Castelo)

– Quinta da Bouça d’Arques (Viana do Castelo)

– Casas do Côro – Marialva (Mêda)

– Casa das Pipas, Sabrosa (Vila Real)

– AQUA Village Health Resort & Spa (Oliveira do Hospital)

– Moinhos da Tia Antonina (Movimenta da Beira)

– Casa das Penhas Douradas (Manteigas)

– Casa da Cisterna (Castelo Rodrigo)

– Casa de Campo da Comareira (Góis)

– Cocoon Eco Design Lodges (Alcácer do Sal)

– Cantar do Grilo (Serpa)

– Quinta da Fornalha (Castro Maria)

– Casa do Terreiro do Poço (Borba)

– ZMAR Eco Experience (Odemira)

– L’AND Vineyards (Montemor)

– Hotel Jardim Atlântico (Madeira)

– Hotel Quinta da Serra (Madeira)

– A Casa do Ouvidor (Açores)

– Aldeia da Cuada (Açores)

– Aldeia da Fonte (Açores)
– Real Abadia (Alcobaça)

– Feel Viana (Viana do Castelo)

– Colquida (Lousã)

– Monverde Wine (Amarante)

– Terras de Pena (Ribeira de Pena)

Carla Ferreira

Vice-Presidente da TREVO

(Fonte: https://www.continuandoaprocura.com/)

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Sobre

A TREVO – Associação para a Cidadania Ambiental e Participação Social, é uma associação de cariz socio-ambiental, constituindo-se nos termos aplicáveis da lei portuguesa por tempo indeterminado e sem fins lucrativos.

Tem como principal objeto fomentar o desenvolvimento e a sustentabilidade das comunidades onde atua, através da criação de ações/projetos e espaços de educação não formal, incidindo sobre temáticas como a globalização, o ambiente, os direitos humanos e animais, a paz e as relações interculturais, a cidadania e a inclusão social, o desenvolvimento de valores pessoais e sociais, a igualdade de oportunidades e a igualdade de género, a solidariedade, entre outros.

Do ponto de vista operacional, a associação tem como objeto a promoção de atividades, ações e projetos de educação em cidadania que tornem possível envolver, de forma eficaz, diferentes grupos alvo e organizações na vida da comunidade, bem como a implementação, de um nível micro a um nível macro, de atividades, ações e projetos prossecutores das políticas públicas sociais, ambientais e intersetoriais, baseadas nos princípios proclamados em diplomas e em orientações nacionais e internacionais.

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