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Trevo

            Num período de mudanças sociais e ambientais, em que a redução do plástico era já um dado garantido, eis que se entra numa fase pandémica, COVID-19. Fase esta que criou uma situação antagónica quando falamos de ambiente. Se por um lado o tempo de recursos naturais existentes para o ano de 2020 aumentou, por outro está a verificar-se uma regressão na proteção do ambiente, quando falamos em adiar algumas medidas relativamente à utilização consciente do plástico.

            Um exemplo disso é que nas escolas, local onde se deveria incentivar a boas práticas ambientais, são exigidos lanches em sacos de plástico, águas em garrafas de plástico, mudas de roupa em sacos de plástico… quando tudo isto deveria estar a caminhar em sentido oposto, e onde o incentivo e sensibilização para utilização de materiais reutilizáveis e laváveis deveria ser prioritário.

            Referirmo-nos a máscaras descartáveis e luvas, falamos de materiais que, apesar de serem utilizados para nossa segurança, são também sinónimo de responsabilidade sócio- ambiental, ou ao contrário, uma enorme falta de responsabilidade sócio-ambiental, e tomamos como garantido que não se afetará nada com o simples gesto de “deitar para o chão”… mas esse é um gesto que afeta, não só pela sujidade visível nas ruas, mas também pela degradação “invisível” causada.

É fundamental lembrar que todas as substâncias que são libertadas por materiais descartáveis, tanto na sua produção como na sua eliminação, prejudicam direta ou indiretamente a fauna e a flora, poluem o nosso planeta, este em que nós vivemos, mas teimamos em não cuidar.

            Os solos, os lagos, os rios e os mares estão impregnados destes materiais descartáveis, cujo objetivo é nos defender da pandemia, mas o ser-humano não vê, ou não quer ver, que poluindo desta forma e desvalorizando as questões ambientais é uma outra forma de adoecer.

            Nada custa depositar todos estes materiais no contentor de lixo comum, nada custa mudar e utilizar máscaras reutilizáveis, nada custa diminuir a utilização do plástico, são muitos os pequenos passos que cada um pode fazer na sua individualidade.

            Como podemos pensar em proteger e cuidar de NÓS, se não cuidamos do que nos envolve, o nosso bairro, a nossa cidade, o nosso país e o nosso planeta TERRA!

Cristiana Cruz

Secretária da Assembleia Geral

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Sobre

A TREVO – Associação para a Cidadania Ambiental e Participação Social, é uma associação de cariz socio-ambiental, constituindo-se nos termos aplicáveis da lei portuguesa por tempo indeterminado e sem fins lucrativos.

Tem como principal objeto fomentar o desenvolvimento e a sustentabilidade das comunidades onde atua, através da criação de ações/projetos e espaços de educação não formal, incidindo sobre temáticas como a globalização, o ambiente, os direitos humanos e animais, a paz e as relações interculturais, a cidadania e a inclusão social, o desenvolvimento de valores pessoais e sociais, a igualdade de oportunidades e a igualdade de género, a solidariedade, entre outros.

Do ponto de vista operacional, a associação tem como objeto a promoção de atividades, ações e projetos de educação em cidadania que tornem possível envolver, de forma eficaz, diferentes grupos alvo e organizações na vida da comunidade, bem como a implementação, de um nível micro a um nível macro, de atividades, ações e projetos prossecutores das políticas públicas sociais, ambientais e intersetoriais, baseadas nos princípios proclamados em diplomas e em orientações nacionais e internacionais.

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